quarta-feira, 10 de março de 2010

“O meu setor sou eu” - by Max Gehringer


2010-03-09 10:46 AM by Ge Mota

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 09/03/2010, sobre conselhos para a carreira.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).
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“O meu setor sou eu”

Escreve um ouvinte para contar o seguinte:
“Não sei como expressar isso de outra maneira, mas o meu setor sou eu, só eu e mais ninguém. Trabalho em uma salinha individual arquivando documentos e sem contato com o resto do escritório, estou aqui há quatro meses e acho que vou pirar. Às vezes eu fico pensando quem reclama de colega chato, não sabe como é chato não ter colega. Como posso mostrar o meu valor, uma vez que meu trabalho é pura rotina?”

Vamos lá, quase todas as empresas de porte médio para cima tem uma, ou mais figuras como nosso solitário ouvinte, são pessoas úteis mais por força da situação ficam confinadas em locais remotos, praticamente sem contato físico com ninguém na maior parte do tempo.

Eu poderia sugerir ao nosso ouvinte que mudasse o layout do seu local de trabalho, ou que perguntasse para o chefe se poderia ajudar alguém que esta precisando de ajuda, posso sugerir que ele aproveite para estudar durante o expediente, mas no fundo eu sei que nada disso adianta muito, com o tempo funcionários como nosso ouvinte se tornam invisíveis começam a fazer parte da mobília da sala, ninguém lembra deles para uma promoção ou uma transferência, porque não existe nada que possa destacá-los.

O problema embora afete diretamente o nosso ouvinte, não é só dele é da empresa e mas exatamente da área de recrutamento porque existem pessoas que gostam de trabalhar sozinhas e isoladas sem incomodar alguém e sem ser incomodas, o engano é colocar alguém ambicioso num lugar em que a ambição só poderá ser compartilhada com as traças.

Nosso ouvinte deve solicitar uma transferência se ela for negada deve procurar outro emprego o pessoal do recrutamento poderá contratar alguém que se sinta bem desfrutando de sua própria companhia, talvez isso tenha sinto dito para o nosso ouvinte quando ele foi contratado, talvez ele tenha dito que isso não há problema e que até gostava de ficar trocando idéias consigo mesmo, mas esse é um exemplo de que a frase: Esse é um trabalho simples que qualquer um pode fazer. Nem sempre é verdadeira, o funcionário invisível é uma pessoa muito especial, muito difícil de ser encontrar no mercado e que necessariamente além da entrevista, precisa passar por uma avaliação psicológica antes da contratação.

Max Gehringer para CBN.

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