Essa pergunta é, talvez, a mais freqüente entre jovens que terminaram ou estão terminando a faculdade ou um curso tecnológico. A dúvida é comum até mesmo entre profissionais com anos de carreira, que procuram evoluir dentro da profissão. Isso porque o mercado de trabalho encontra-se em constante mudança, acompanhando o desenvolvimento das novas tecnologias.
Como já é consenso para muitos especialistas, empresários e professores, as relações de trabalho na sociedade já se modificaram muito. Hoje, o profissional não é mais chamado de empregado, mas sim, de colaborador. Ele é peça chave, parte integrante e indispensável no funcionamento do sistema de uma empresa.
Por isso, elas apostam cada vez mais no processo seletivo, para a escolha do profissional ideal para compor a sua equipe. Porém, não é só um processo seletivo eficiente que garante bons resultados. A manutenção do funcionário e o seu desenvolvimento compõem os outros dois vértices de um triângulo que assegura o sucesso de uma empresa.
Em Juiz de Fora, elas ainda estão se adaptando a essa realidade. O investimento nos planos de carreira, a contratação de especialistas em Recursos Humanos para sanar problemas internos, a capacitação e a valorização dos funcionários vêm crescendo aos poucos. É o que explica a consultora de Recursos Humanos, Maria Aparecida Frade Pires, em uma conversa com a equipe de jornalismo do Ecaderno.
Fase de transição
Maria Aparecida, que já trabalha na área de Recursos Humanos há mais de 20 anos, cita um dos pontos fracos do mercado de trabalho em Juiz de Fora: para ela, um dos fatores que leva ao êxodo dos profissionais para as grandes capitais é a falta de um plano de carreira dentro das empresas. “Na medida em que não existe uma perspectiva de progressão, de plano de carreira, o profissional tende a olhar pra outros mercados que ofereçam esse tipo de possibilidade”.
Porém, Maria Aparecida ressalta que tudo depende do ponto de vista. No campo comercial, muitas vezes, as fraquezas podem ser um terreno fértil para o desenvolvimento. A consultora explica que o mercado da cidade está em uma fase de transição. “Juiz de Fora tinha a sua economia movimentada, além do comércio, pelas indústrias têxteis, que com o tempo deixaram de existir. Nós ainda estamos passando por esse processo de maturidade. As empresas ainda estão se estruturando, criando condições de produzir e gerar uma mão de obra mais qualificada. Tem aumentado, por exemplo, o número de empresas que procuram prestadoras de serviço para fazer um processo seletivo mais profissional, mais assertivo, justamente porque precisam apresentar resultados para o mercado de trabalho”.
Além do processo seletivo, os empregadores estão investindo em outros fatores imprescindíveis para o bom andamento da empresa. Maria Aparecida explica a importância da manutenção e da promoção do funcionário: “são três etapas distintas: suprir, manter e desenvolver. São três desafios. Todos têm o mesmo grau de importância e um não sobrevive sem o outro. Se você não faz a manutenção desse profissional e garante o seu desenvolvimento, ou seja, plano de carreira, crescimento, motivação no trabalho, realização naquilo que ele faz, certamente você vai ter um fracasso no resultado final”.
Esse investimento é vantajoso para ambos os lados. Além dos benefícios na prática do trabalho, empresa e funcionários aprendem. Segundo Maria Aparecida, os profissionais também estão se adaptado a essa nova realidade. “O profissional mais antigo no mercado está acostumado com uma relação tradicional e arcaica de trabalho com a empresa. A gente precisa modernizar isso, entender que as relações de trabalho são muito mais horizontalizadas”, ressalta.
O Perfil
O perfil do funcionário ideal é um assunto que gera muita polêmica. Para Maria Aparecida, não existe um perfil modelo, já que cada área tem as suas especificidades. Porém, algumas características comportamentais chamam a atenção de forma geral, em conseqüência das mudanças no mercado de trabalho.
Atualmente, cada funcionário é gestor do seu próprio negócio. Ele é considerado pelo empregador um colaborador, uma parte do quebra-cabeça, que vai fazer com que a empresa prospere. Maria Aparecida explica que, hoje em dia, só a formação não é suficiente. “Como você vai fazer isso apenas com a bagagem de conhecimento? Está todo mundo trabalhando de igual pra igual. Você não precisa mais pedir licença. A licença já te foi dada e agora eu, empregador, espero que você tenha iniciativa pra fazer. E isso significa criatividade, iniciativa, capacidade de decisão e negociação... E isso é algo que você tem ou não tem.”
As mudanças são vistas de forma muito positiva pelos especialistas na área. A nova forma de olhar o trabalho permite que o funcionário desenvolva meios mais eficientes de executar as tarefas. Com isso a empresa evolui e o profissional cresce, sendo recompensado pessoal e financeiramente: “muitas vezes você é remunerado de uma forma diferenciada se apresentar alternativas de fazer melhor determinada tarefa. Isso aumenta a competitividade e é extremamente saudável”, explica Maria Aparecida.
Processos Seletivos
Os processos seletivos também mudaram bastante. Se, anteriormente, as empresas buscavam as técnicas e a formação, hoje elas estão muito mais interessadas na flexibilidade e na capacidade de negociação. Maria Aparecida trabalha com processos seletivos para empresas de pequeno, médio e grande porte na região e afirma: “nos processos seletivos a gente foca muito pouco no que você sabe fazer para olhar atitudes, habilidades que você tem para lidar com situações que serão freqüentes no seu dia-a-dia de trabalho. Daí a importância da dinâmica de grupo e de se confrontar com situações rotineiras”.
Mas não pense que a formação ficou deixada de lado. Para terminar a conversa, Maria Aparecida lembrou que na hora de procurar um emprego, você não pode contar com o fator sorte. É importante que o candidato saiba conciliar a teoria do curso com a prática e traçar metas para atingir o seu objetivo, pois os empregos não caem do céu. “Ele não 'conseguiu' um empregão. Ele se empenhou pra isso. Ele traçou um planejamento para atingir esse objetivo. Pra ser competente, você tem que suar a camisa e tem que estudar. A formação e a capacitação são muito importantes. E têm que ser aliadas a uma prática. Tem que se exercitar”.
Link: http://www.ecaderno.com/profissional/mercado-de-trabalho/1638/o-que-o-mercado-espera-de-voce.html
Como já é consenso para muitos especialistas, empresários e professores, as relações de trabalho na sociedade já se modificaram muito. Hoje, o profissional não é mais chamado de empregado, mas sim, de colaborador. Ele é peça chave, parte integrante e indispensável no funcionamento do sistema de uma empresa.
Por isso, elas apostam cada vez mais no processo seletivo, para a escolha do profissional ideal para compor a sua equipe. Porém, não é só um processo seletivo eficiente que garante bons resultados. A manutenção do funcionário e o seu desenvolvimento compõem os outros dois vértices de um triângulo que assegura o sucesso de uma empresa.
Em Juiz de Fora, elas ainda estão se adaptando a essa realidade. O investimento nos planos de carreira, a contratação de especialistas em Recursos Humanos para sanar problemas internos, a capacitação e a valorização dos funcionários vêm crescendo aos poucos. É o que explica a consultora de Recursos Humanos, Maria Aparecida Frade Pires, em uma conversa com a equipe de jornalismo do Ecaderno.
Fase de transição
Maria Aparecida, que já trabalha na área de Recursos Humanos há mais de 20 anos, cita um dos pontos fracos do mercado de trabalho em Juiz de Fora: para ela, um dos fatores que leva ao êxodo dos profissionais para as grandes capitais é a falta de um plano de carreira dentro das empresas. “Na medida em que não existe uma perspectiva de progressão, de plano de carreira, o profissional tende a olhar pra outros mercados que ofereçam esse tipo de possibilidade”.
Porém, Maria Aparecida ressalta que tudo depende do ponto de vista. No campo comercial, muitas vezes, as fraquezas podem ser um terreno fértil para o desenvolvimento. A consultora explica que o mercado da cidade está em uma fase de transição. “Juiz de Fora tinha a sua economia movimentada, além do comércio, pelas indústrias têxteis, que com o tempo deixaram de existir. Nós ainda estamos passando por esse processo de maturidade. As empresas ainda estão se estruturando, criando condições de produzir e gerar uma mão de obra mais qualificada. Tem aumentado, por exemplo, o número de empresas que procuram prestadoras de serviço para fazer um processo seletivo mais profissional, mais assertivo, justamente porque precisam apresentar resultados para o mercado de trabalho”.
Além do processo seletivo, os empregadores estão investindo em outros fatores imprescindíveis para o bom andamento da empresa. Maria Aparecida explica a importância da manutenção e da promoção do funcionário: “são três etapas distintas: suprir, manter e desenvolver. São três desafios. Todos têm o mesmo grau de importância e um não sobrevive sem o outro. Se você não faz a manutenção desse profissional e garante o seu desenvolvimento, ou seja, plano de carreira, crescimento, motivação no trabalho, realização naquilo que ele faz, certamente você vai ter um fracasso no resultado final”.
Esse investimento é vantajoso para ambos os lados. Além dos benefícios na prática do trabalho, empresa e funcionários aprendem. Segundo Maria Aparecida, os profissionais também estão se adaptado a essa nova realidade. “O profissional mais antigo no mercado está acostumado com uma relação tradicional e arcaica de trabalho com a empresa. A gente precisa modernizar isso, entender que as relações de trabalho são muito mais horizontalizadas”, ressalta.
O Perfil
O perfil do funcionário ideal é um assunto que gera muita polêmica. Para Maria Aparecida, não existe um perfil modelo, já que cada área tem as suas especificidades. Porém, algumas características comportamentais chamam a atenção de forma geral, em conseqüência das mudanças no mercado de trabalho.
Atualmente, cada funcionário é gestor do seu próprio negócio. Ele é considerado pelo empregador um colaborador, uma parte do quebra-cabeça, que vai fazer com que a empresa prospere. Maria Aparecida explica que, hoje em dia, só a formação não é suficiente. “Como você vai fazer isso apenas com a bagagem de conhecimento? Está todo mundo trabalhando de igual pra igual. Você não precisa mais pedir licença. A licença já te foi dada e agora eu, empregador, espero que você tenha iniciativa pra fazer. E isso significa criatividade, iniciativa, capacidade de decisão e negociação... E isso é algo que você tem ou não tem.”
As mudanças são vistas de forma muito positiva pelos especialistas na área. A nova forma de olhar o trabalho permite que o funcionário desenvolva meios mais eficientes de executar as tarefas. Com isso a empresa evolui e o profissional cresce, sendo recompensado pessoal e financeiramente: “muitas vezes você é remunerado de uma forma diferenciada se apresentar alternativas de fazer melhor determinada tarefa. Isso aumenta a competitividade e é extremamente saudável”, explica Maria Aparecida.
Processos Seletivos
Os processos seletivos também mudaram bastante. Se, anteriormente, as empresas buscavam as técnicas e a formação, hoje elas estão muito mais interessadas na flexibilidade e na capacidade de negociação. Maria Aparecida trabalha com processos seletivos para empresas de pequeno, médio e grande porte na região e afirma: “nos processos seletivos a gente foca muito pouco no que você sabe fazer para olhar atitudes, habilidades que você tem para lidar com situações que serão freqüentes no seu dia-a-dia de trabalho. Daí a importância da dinâmica de grupo e de se confrontar com situações rotineiras”.
Mas não pense que a formação ficou deixada de lado. Para terminar a conversa, Maria Aparecida lembrou que na hora de procurar um emprego, você não pode contar com o fator sorte. É importante que o candidato saiba conciliar a teoria do curso com a prática e traçar metas para atingir o seu objetivo, pois os empregos não caem do céu. “Ele não 'conseguiu' um empregão. Ele se empenhou pra isso. Ele traçou um planejamento para atingir esse objetivo. Pra ser competente, você tem que suar a camisa e tem que estudar. A formação e a capacitação são muito importantes. E têm que ser aliadas a uma prática. Tem que se exercitar”.
Link: http://www.ecaderno.com/profissional/mercado-de-trabalho/1638/o-que-o-mercado-espera-de-voce.html
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