terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dica de uma Spiritual Coach

Tenho uma vida cheia. Cheia de alegria, cheia de trabalho, cheia de determinação e cheia de sonhos

Trabalho em vários lugares diferentes (Tv, rádio, yoga spa, consultoria, revistas, Ong), adoro participar de eventos e ainda procuro ser voluntária em várias atividades. Mas não vivo só do trabalho. Acordo cedo, dou aula de Yoga em casa, faço meditação e aí faço ginástica para lembrar que tenho corpo físico. Como pisciana, vivo achando que sou só espírito. Muita gente me pergunta se é necessário mesmo acordar cedo para aulas de Yoga e meditação. Pois é. Só fazendo meditação e passando um pouco do que sei da filosofia védica, é que consigo fazer tantas coisas ao mesmo tempo.

Conheci a filosofia Vaisnava em 97. Essa tradição védica tem uma posição histórica específica, originária da Bengala, na Índia. Apesar de milenar, teve sua revitalização fortalecida há quinhentos anos com a presença de Chaitanya Mahaprabhu, considerado por muitos como a encarnação divina. Fui iniciada (uma espécie de batismo) em 2000.

Durante todo este tempo fui praticante, mas vivia o dilema eterno: viver uma vida espiritual ou viver uma vida material. Um dia acordei e saquei que já era Vaisnava e que tinha obrigação de assumir minha posição e viver em harmonia com a vida

que dizem ser real. Nunca senti falta de uma religião, porque sempre fui religiosa.

Sempre acreditei na força da humanidade e na luz que vem do céu. Mas, aquela pergunta sobre o sentido da vida, (de onde viemos, para onde vamos, o que estou fazendo aqui?) nunca calou. Duas coisas me levaram até a Índia, até as escrituras sagradas védicas. Uma foi a alegria de viver e a outra foi o sentido da doação. A filosofia vaisnava reflete o controle dos sentidos e a consciência espiritual, trazendo a força da intuição. O corpo é apenas morada do saber. Dos princípios básicos levamos o desapego. Nada é nosso e nada, a não ser nossa alma terá um caminho.

Talvez a linguagem mais interessante que nossa mente nos fornece seja a intuição, esta percepção profunda que vem da alma, trazendo a sensação de que já sabemos ou que obtemos a resposta bem antes de tomar qualquer decisão ou ação.

Chamamos a intuição de a "Voz do coração", esta primeira mensagem que recebemos quando pensamos em algo ou em alguém. Normalmente, logo a seguir, vem a mensagem fria do nosso raciocínio cartesiano negando nossa intuição ou fazendo pouco caso do conteúdo que ela nos traz. E assim perdemos uma comunicação preciosa de quem está conectado com o grande Universo dentro e fora de nós.

Parece incrível que o ser humano tenha desprezado por tantos séculos esta fantástica forma de nos relacionarmos com as fontes divinas de informação e cura. Até hoje isso acontece entre as pessoas. O intuitivo é desprezado nas grandes corporações como aquele que "fala umas coisas que não podem ser provadas cientificamente", e mais tarde acabamos por ver que aquela idéia que o intuitivo tinha apresentado era realmente uma idéia muito à frente do seu tempo e que, com certeza, iria funcionar caso fosse aplicada.

E foi com uma vida inteira dedicada à pesquisa do ser humano em todas as suas possibilidades, que rompi paradigmas e consegue unir os mais nobres e elevados conceitos espirituais de sentido da vida às mais exigentes necessidades práticas de produção, eficácia e liderança empresarial, no que chamam hoje no mundo de Spiritual Coach . O resultado dessa aplicação é a melhoria do clima organizacional, da produtividade, da segurança do trabalho, do sentido de equipe e da qualidade de vida do grupo.

Dizem que os vaisnavas vivem o otimismo e o pessimismo com o mesmo peso. E na verdade não é isso. É que as escrituras sagradas dizem algo que todo mundo já sabe: esta vida não tem sentido. Aí as pessoas pensam que a gente vira goswami (monge) e quer desistir, que esta vida não vale a pena. Não é isso. É só pensar que o sentido não está em

nada físico, nada que conseguimos pegar e levar para casa.

Carro novo, salário mais alto, líder de qualquer coisa. O importante é ser otimista e acreditar que dando o melhor de si para o mundo, para o próximo e para o espírito, encontramos a felicidade. Não existe outro objetivo na vida que não o de buscar a felicidade. Meu pai sempre diz: "O amor não tem ação sobre si mesmo".

Por isso temos que amar fazendo alguma coisa, dedicando tempo e sono para objetivos mais íntegros e serenos. Nesta mística o primeiro é a doação e segundo a oblação.Com um pouco de humildade, diminuímos os desejos desenfreados e construímos desejos mais próximos da nossa realidade. Eu tento todos os dias com a ajuda de meu Guru e o amor que emana das pessoas que estão perto, ser gente a cada minuto.

Não existe perda efetiva, fim e separação. Carro, casa, coisas, pessoas, tudo tem seu lugar e não significa que não são importantes, mas não nos apegamos a respostas. A gente vive se apegando, até aos problemas. Passamos dias e noites pensando naquela coisa ou naquela pessoa que fez isso ou aquilo... A paciência e a doação, nos livram desta aflição.

Dica da semana: Pare no meio da Avenida Paulista ou na avenida principal da sua cidade e veja o pôr do sol.

Frase da semana: "Eu preparo uma canção que faça adormecer os homens e despertar as crianças." Carlos Drummond de Andrade
Fonte: Somos todos em um

Você costuma párar para observar o que acontece ao seu redor?

Fonte: http://msn.minhavida.com.br/conteudo/1578-Dica-de-uma-Spiritual-Coach.htm

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